Um dos dramas do homem contemporâneo é que ele perdeu seu coração. Entre o cérebro e o sexo não existe nada; às vezes, mesmo assim, uma imensa nostalgia... mas, quase sempre, passamos das análises frias para os transvasamentos pulsionais mais inconsiderados. Assim o homem torna-se cada fez mais esquizofrênico, tendo perdido o centro de integração, de “personalização” de seu ser: seu coração... Uma sexualidade sem coração não é uma sexualidade verdadeiramente humana, seja qual for a quantidade de nossa intensidade pulsional. Somente em um relacionamento entre pessoas é que o prazer breve poderá transformar-se em felicidade douradora. “No verdadeiro amor”, dizia Nietzche, “é a alma que envolve o corpo”.
Jean-Yves Leloup
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